A presidente da Federação Nacional das Apaes (Fenapaes), Aracy Maria da Silva Lêdo, discursou durante evento da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, nos Estados Unidos (EUA). 

Na ocasião, Aracy, acompanhada do vice, José Turozi, e da procuradora Jurídica, Rosângela Moro, falou sobre a inédita oportunidade do Mavimento Apaeano de não apenas participar, mas de ter direito de se manifestar num evento de tamanha importância a nível mundial. 

'Por incrível que pareça, com uma história com mais de 60 anos, é a primeira vez que nós nos encontramos na ONU, e com oportunidade de fala. E nós fomos bastantes destacados. Isso para nós é uma honra muito grande. Porque a gente reconhece que tudo para a Educação, em todos os sentidos, é um processo. E que nesse processo nós não podemos fechar os olhos. Porque nós temos que enxergar o amanhã. Nós temos uma história. E hoje nós estamos em outro momento', disse a presidente da Fenapaes para os representantes mundiais.

Aracy também ressaltou a importância da união das entidades que lutam pela inclusão das pessoas com deficiência. 'Nós temos que olhar para a frente e darmos os braços. O que nós ouvimos aqui é uma realidade. A importância do Brasil neste momento. Uma equipe maravilhosa nesse encontro que fez muito sacrifício para estar aqui. O que não é fácil. A gente sempre lutou com muitas dificuldades. E hoje nos aproximamos. Porque o nosso objetivo é em comum. E se nós nos envolvermos temos que nos envolver por inteiro por aquilo que acreditamos. Então somos parceiros sim e queremos estar nessa luta', finalizou.

A deficiência no mundo
Em todo o mundo, 20% das pessoas mais pobres têm algum tipo de deficiência e 80% das pessoas com deficiência – 15% da população mundial, no total – vivem em países em desenvolvimento.

As Nações Unidas trabalham pela revisão anual da Convenção, examinando a implementação de um acordo adotado pela Assembleia Geral em 2006 que reafirme que um bilhão de pessoas com deficiência – 15% da população mundial – tenham acesso a todos os direitos humanos e liberdades fundamentais.

O objetivo desse ano é realizar um debate geral sobre a segunda decada da convenção, bem como a inclusao e a participacao plena das pessoas com deficiência e suas organizações representativas, a fim de ampliar e enriquecer as discussões em torno do tema.

Estudos apontam que pessoas com deficiência são mais propensas a experimentar a pobreza e essa condição social também aumenta a incidência de problemas de saúde. Em todo o mundo, 20% das pessoas mais pobres têm algum tipo de deficiência e 80% das pessoas com deficiência vivem em países em desenvolvimento.

Estima-se que uma em quatro pessoas em todo o mundo experimentará algum problema mental ao longo da vida e calcula-se que quase um milhão de pessoas morrem por suicídio todos os anos, sendo a terceira principal causa de morte entre os jovens.

Condições de saúde mental, incluindo o abuso de álcool, estão entre as dez principais causas de incapacidade nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A depressão, por exemplo, ocupa a terceira posição no ranking global de doenças e deve chegar à  primeira posição em 2030.

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