Na última sexta-feira (31), a Federação Nacional das Apaes (Fenapaes) promoveu uma live comemorando o 29º aniversário da Lei de Cotas e falando sobre os reflexos e conquistas no trabalho de pessoas com deficiência.

A Lei de Cotas (Lei Federal nº 8.213/1991), considerada a mais inclusiva das leis brasileiras, completou 29 anos. É por meio dela que empresas são obrigadas a cumprir a porcentagem de contratações de trabalhadores com deficiência.

O encontro contou com a moderação da Coordenadora Nacional de Educação Profissional, Trabalho, Emprego e Renda da Fenapaes, Iracema Aparecida S. Ferreira e a participação do Auditor-Fiscal do Trabalho, Rafael Faria Giguer, da Coordenadora Pedagógica da Escola de Educação Especial Raio de Sol, da Apae de Nova Andradina/MS, Maria Waldirene de Oliveira dos Santos, da Gerente de Assistência Social da Apae de Pará de Minas/MG, Lucirene dos Santos Gomes, da Psicóloga do Programa Mercado de Trabalho/Emprego Apoiado da Apae de Americana/SP, Mariéllen Barreto Villas Boas e da Coordenadora de Educação da Apae/DF, Kelly Assunção Colares.

A coordenadora Iracema agradeceu a presença de todos, exaltando o trabalho de todos. "A Lei de Cotas é uma conquista muito importante. É considerada a Lei mais inclusiva das leis brasileiras. É fundamental para minimizar a discriminação das pessoas com deficiência, garantindo os direitos dessas pessoas", abriu.
A coordenadora Kelly destacou a importância da lei de Cotas. "Se a lei fosse cumprida em sua totalidade no Brasil, teríamos hoje mais de 400 mil pessoas com deficiência em postos de trabalho. A luta contra o preconceito e exclusão é diária. As empresas ainda tem bastante resistência na contratação de pessoas com deficiência. Nosso trabalho é criar caminhos para sensibilizar essas empresas", citou.
Mariéllen falou sobre o trabalho realizado na Apae de Americana. "Nosso trabalho no dia a dia enfrenta muitos desafios. Nosso lema é o trabalho, oportunidade e realizações, porque percebemos o quanto o trabalho nos permite realizações em nossas vidas. Hoje nosso trabalho é reconhecido e certificado por sua qualidade", lembrou.
A convidada Lucirene agradeceu a iniciativa e falou sobre a inserção no mercado de trabalho da pessoa com deficiência. "Sempre buscamos inovar na busca do mercado de trabalho para nossos assistidos. É um trabalho que fazemos desde 1997. Partimos então para ampliar esse trabalho para as empresas do nosso município. foram parcerias construídas ao longo do tempo, mantendo contato direto com as empresas e dando suporte para a manutenção das pessoas com deficiência em suas funções", disse.

A coordenadora pedagógica Maria Waldirene citou a estrutura da Apae de Nova Andradina e o trabalho que realiza. "Nós mantemos centros especializados em incluir jovens no mercado de trabalho. É um trabalho que se iniciou em 1997. depois disso começou nosso programa de trabalho profissional, com trabalhos do perfil laboral de cada um dos atendidos, qualificando-os para o mercado de trabalho", definiu.

Elisabete, assistente social da Apae de Nova Andradina, complementou a fala de Waldirene. "Nós trabalhamos todos juntos nesse trabalho de inserção profissional. é uma grande alegria quando o potencial das pessoas com deficiência é explorado. Nosso trabalho é mostrar que todos podem ser inclusos no mercado de trabalho e ter uma vida normal", complementou.

O convidado Rafael falou um pouco sobre sua experiência. "Fico encantado por todas as histórias apresentadas e lembro muito bem das histórias de pessoas que transformamos com nosso trabalho. O trabalho realizado é conscientizar as empresas de que tornem acessível o ambiente para as pessoas com deficiência. Os atendidos precisar estar em um ambiente propício para realizar seu trabalho", lembrou.

Durante a apresentação, foram mostrados diversos depoimentos de pessoas com deficiência inseridas no mercado de trabalho, falando um pouco sobre suas experiências e cotidiano.

A live pode ser assistida na íntegra clicando aqui.