Em quase duas décadas, foram mais de 70 mil quilômetros e quatro países percorridos por Camila Magalhães, de 32 anos, em busca de tratamentos para a lesão medular. Hoje, a esperança de progresso no quadro está bem perto, a pouco mais de sete quilômetros de sua casa em Vila Isabel, Zona Norte do Rio. Pesquisadores do Laboratório de Biologia da Matriz Extracelular (LBMEC) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, estudam um novo tratamento para lesões medulares que já apresentou excelentes resultados em animais.
A técnica consiste na aplicação da polilaminina - medicamento biológico produzido a partir de uma proteína presente no corpo, a laminina - na medula do paciente que sofreu a lesão. Por ora, os estudos são focados em pessoas com lesões agudas, ou seja, recentes. Mas a expectativa é que, num segundo momento, dependendo do resultado, pacientes com lesões crônicas (antigas), como é o caso de Camila, também possam ser submetidos ao estudo.