A direção da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Rio Branco, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) realizou na última quinta-feira, 14, no auditório do Palácio do Comércio, localizado na Avenida Ceará, uma capacitação na área de estimulação precoce para técnicos de saúde e profissionais da Apae.

O curso foi ministrado por Rosana Maria Tristão, Pós-Doutorado em Neurociências Aplicadas ao Estudo em Recém Nascidos pela University of Oxford, Paediatric Department; e pela fisioterapeuta Suyenne Figueiredo, especialista em fisioterapia neurológica pela Universidade de Brasília; ambas da capital Federal.

O encontro teve como objetivo oferecer conhecimentos necessários a respeito da microcefalia associada ou não ao zika vírus, a fim de estabelecer atendimento adequado aos casos identificados pela rede municipal e estadual de saúde, além de criar metodologias para o atendimento e desenvolver programas de acolhimento e orientações aos pais de crianças diagnosticadas com a doença.

O atendimento precoce da microcefalia está associado ao sucesso da intervenção, ou seja, quanto mais precocemente um bebê ingressa nos programas de estimulação precoce, maiores são as chances que eles têm de um desenvolvimento mais próximo do normal, ressaltou Rosana Maria Tristão.

Suyenne Figueiredo comentou sobre a importância da identificação prévia de alterações nas crianças para que possa ser feita a estimulação precocemente. Queremos que esses profissionais aprendam a fazer o diagnóstico para que prontamente os menores possam ser encaminhados para os programas de estimulação precoce.

A assistente social e presidente da Apae, Cecília Lima, falou que a capacitação fortalece o trabalho desenvolvido pela instituição de ensino especial. Já realizamos o atendimento com as crianças de 0 a 3 anos (27 no total) desde o início do ano. Esse projeto foi elaborado visto o aumento dos casos de zika vírus, que consequentemente faz crescer os quadros de microcefalia. Então, as secretarias estadual e municipal de saúde procuraram a Apae para firmar parcerias para que ações de saúde fossem desenvolvidos, visto que no Estado ainda não existe nenhum centro especializado. É importante capacitar os nossos profissionais para que o serviço que oferecemos seja de qualidade, assim como sempre foi ao longo de todos esses anos, finalizou.

Trabalho assistencial da entidade

A Apae de Rio Branco é uma entidade filantrópica que tem como missão principal atender pessoas com deficiência intelectual e múltipla, garantindo assim, a defesa e os direitos deste público. Atualmente, cerca de 250 alunos são atendidos na instituição de ensino especial, porém a entidade pretende ampliar os serviços em decorrência do grande número de crianças nascidas com microcefalia.