MSWI
01/11/2016
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Obrigatoriedade do Teste de Cariótipo em recém-nascidos com sinais sugestivos de SD é aprovado na Câmara Municipal Aprovado por unanimidade na Câmara Municipal de Curitiba o projeto de Lei que acrescenta inciso ao Código de Saúde de Curitiba para garantir e tornar obrigatória a realização do exame do cariótipo aos recém-nascidos que possuam sinais cardinais indicativos da Síndrome de Down. Votado nesta terça-feira, 17, em primeiro turno, na defesa do projeto, o vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB) explicou aos demais parlamentares que a medida não irá trazer impacto financeiro ao Município e que o objetivo é dar a possibilidade do diagnóstico nos primeiros dias de vida do bebê, para realização de tratamentos e auxílios preventivos para o cuidado e desenvolvimento da criança.
O custo do Teste de Cariótipo é irrisório ao Município perto do benefício que traz para tantas famílias e para a Saúde Pública. Com o diagnóstico conclusivo do recém-nascido, tratamentos adequados, de modo indireto, vão gerar uma redução de custos ao Município, explicou o vereador que ressaltou que alguns problemas são apresentados com o passar dos anos pelo SD.
O Teste de Cariótipo é um exame que verifica a condição genética específica de cada criança com Síndrome de Down, de modo que os pediatras poderão se precaver da melhor forma acerca das complicações que esta criança pode vir a ter, tais como, problemas pulmonares, cardiopatia, limitações auditivas, entre outras, as quais são mais comuns em pessoas com Trissomia 21. Em média, o Teste de Cariótipo leva 20 dias para ficar pronto.
Crianças com Síndrome de Down (SD) devem ser estimuladas desde cedo, para alcançar o máximo do seu potencial, inclusive frequentando escolas de ensino regular e ensino de profissionalização. Com o teste de cariótipo logo após o nascimento, os pais podem buscar estas estimulações logo cedo afirma Braga Côrtes.
Durante a votação, o coordenador nacional de prevenção e saúde da Federação Nacional das Apaes (Fenapaes), o médico geneticista Rui Fernando Pilotto, enfatizou que a aprovação do projeto representa um momento histórico para a cidade, em relação aos avanços na saúde pública e na garantia de respeito aos direitos das crianças com Down e seus familiares.
Às vezes, os médicos não conseguem concordar com o diagnóstico da síndrome. Imaginem a aflição de uma mãe que não tem certeza sobre o problema, alertou. Para acesso às escolas de educação especial, por exemplo, que ofertam estimulação às crianças SD, é imprescindível a apresentação do diagnóstico conclusivo derivado do exame de cariótipo.
Estas crianças e seus familiares para terem acesso a determinados direitos, necessitam da realização do exame de cariótipo, o qual serve como um laudo comprobatório que aquela criança possui Síndrome de Down, diz Pilotto.
Além do mais, com o exame de cariótipo, os médicos terão condições de fazer o devido aconselhamento genético pelo estudo cromossômico, a fim de informar os pais da criança com Síndrome de Down acerca das probabilidades de que um novo filho possua a mesma condição genética.
Tal aconselhamento genético somente será eficaz nos casos em que o pediatra tenha acesso a condição genética da criança, explicou aos parlamentares o médico geneticista.
O projeto foi sugerido e desenvolvido em parceria com o Ambulatório de Síndrome de Down do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, por orientações técnicas do médico geneticista Rui Pilotto, da pediatra Nanci Palmieri, Beatriz Bermudez e representantes da Associação Reviver Down.