Traduzido do inglês e digitado em São Paulo no 12 de maio de 2015 por Maria Amélia Vampré Xavier - Assessora de Assuntos Internacionais da FENAPAEs (Federação Nacional das APAEs), que coordena o trabalho de 2.145 APAEs em todo o território nacional; integrante de REBRATES (Rede Brasileira do Terceiro Setor),SP, Associação CARPE DIEM, SP, Rede entre Amigos SORRI BRASIL, SP, Membro honorário vitalício de INCLUSION INTERNATIONAL, a organização mundial de famílias com um filho com deficiência intelectual, sediada em Londres, Inglaterra, à qual o Brasil é filiado desde junho 1966 por iniciativa de pais da APAE de São Paulo.

Prezados companheiros de lutas, durante tantos anos:

É possível a gente aceitar com muita coragem e muita disposição de acertar, a realidade de se ter um filho com autismo porque isso representa, sem sombra de dúvida, uma luta diária para vencer os obstáculos à frente daquela pessoinha que tanto amamos, fazendo-a trilhar por um caminho mais seguro em que se sinta mais confortável e feliz.

Fácil? Nada que realmente exija esforço é fácil nesta vida.  Mas um filho com limitações, sejam quais forem,  é um convite permanente a nossa coragem pessoal que todos temos.  Como se diz Deus dá o cobertor conforme o frio e nosso Pai jamais nos confiaria uma criatura tão vulnerável como nosso filho com autismo se não soubesse, antecipadamente, que teríamos empenho e arrojo para uma jornada tão dura.    Não vamos reclamar, pois, das curvas às vezes perigosas que a vida nos traz.  Vamos ver, isso sim, de que forma podemos ajudar nosso filho a crescer interiormente em paz com suas qualidades e defeitos, que isso todo mundo, sem exceção, apresenta na vida.

Temos que pensar, diariamente, em formas de ajudar a melhorar o relacionamento de nosso filho com autismo e o mundo que o cerca:

SUGESTÕES ÚTEIS

Mantenha a rotina da criança e procure ser consistente;

• Faça mudanças bem devagar,
• Fale com a criança devagar, e com toda a clareza, evitando sarcasmo e  insinuações,
• Use pistas visuais, gráficos, gravuras, para ajudar na compreensão do que você quer que a pessoa faça,
• Divida as tarefas a serem realizadas em etapas curtas,
• Gerencie as questões relacionadas com segurança – a criança com autismo pode não ter consciência de segurança (não ter noção do que seja atravessar uma estrada, etc.),
• Aprenda acerca do que poderá desencadear um problema comportamental. Evite se possível mas também ensine a criança formas de enfrentamento de situações,
• Faça com que a criança  faça exercícios e tenha recreação com regularidade,
• Construa o progresso da criança usando suas habilidades e talentos especiais,
• Observe se há coisas no ambiente que cerca a criança que podem afetá-la (luzes que são brilhantes demais), (número demasiado de pessoas numa sala),  e procure fornecer alternativas ou maneiras de enfrentamento.

Nunca esqueçam, queridos pais, que vocês não estão sozinhos em suas tarefas. No mundo todo há inúmeros institutos de pesquisa estudando as condições e possibilidades de valorização de seu filho com autismo.  A ciência não para de evoluir e trará, com certeza, um mundo melhor e mais feliz para pessoas com necessidades especiais.  O principal é, como em tudo na vida, o amor e a dedicação que damos a nosso filho, tenha ele os mais variados  tipos de dificuldade a enfrentar.

Coragem, hoje e sempre!

Não vamos esquecer, nunca, também, que cuidar de nosso filho e compreender suas dificuldades, procurando ajudá-lo, é uma forma poderosa de crescimento pessoal, de desenvolvimento benéfico de nossa personalidade de pais.

Digitado em São Pauloem 12 de maio de 2015 por Maria Amélia Vampré Xavier.